A internet das coisas:

Definir o conceito de internet das coisas não é uma tarefa fácil. A designação “internet das coisas” foi introduzida por Kevin Ashton em 2009. No início, considerava-se que a existência de um identificador único associado a um mecanismo que iria permitir a todos os objectos ou pessoas serem inventariados automaticamente por computadores como essencial à aplicação deste conceito. A informação resultante iria permitir optimizar vários aspectos do dia-a-dia. A existência de identificadores permite gerir stocks, autorizar e controlar acessos, interagir com objectos, etc.

 

Neste contexto, a possibilidade de vários objectos poderem enviar mensagens e comunicar entre si representa uma exigência que pode ser satisfeita através da existência de uma rede sem fios. Neste sentido o trabalho que se descreve a seguir permite que várias entidades troquem mensagens entre si e influenciem o estado através do reconhecimento de eventos e realização de tarefas a ele associados.

 

Aplicação distribuída:

O trabalho desenvolvido implementa uma aplicação distribuída. O conceito de socket é introduzido e ilustrado através do trabalho. Para isso vamos utilizar dois mbed, tendo cada um deles associado um Wifly, para que possa ter acesso à internet. Uma aplicação desenvolvida na linguagem de programação Processing irá ser executada no computador. Os mbed assumem-se na rede como clientes enquanto que a aplicação a executar no PC assume uma configuração servidor.

 

O primeiro mbed possui um reóstato que permite variar a tensão aplicada a uma das suas entradas analógicas. O valor automaticamente é enviado para o PC, que o exibe. Por seu lado, a aplicação servidor a ser executada no PC possui três botões que permitem controlar o estado de três LED do primeiro mbed. O segundo mbed recebe continuamente, por parte do servidor, o valor analógico enviado pelo primeiro mbed, esse resultado é apresentado ao utilizador variando o número de LED activos.

 

O Processing é uma linguagem de programação gratuita que pode ser descarregada do endereço http://processing.org/. Na página é possível ter acesso a tutoriais de ajuda à programação e exemplos ilustrativos. Um exemplo do ambiente de programação pode ser observado na figura 1.6.

O trabalho desenvolvido é baseado na utilização de sockets. Basicamente este conceito permite estabelecer um fluxo de dados entre dipositivos ligados à internet. Para que isso seja possível é necessário ter conhecimento do endereço de IP das máquinas e do número de porto da ligação.